domingo, 10 de janeiro de 2010

Relíquias da casa

Olhos fechados, numa tristeza brutal
Lágrimas geladas rolavam pela face
Olhos sábios, mas tristes
Viam além das limitações.
Perdida em pensamentos
Constrangida diante deste olhar
Que mostrava-se encantador e calmo
Numa compreensão muda.
Minha agonia estampada,
Chorava com suave amargor
Diante da magia que fora vista.
Terem de deixar suas terras
Todos fatigados, desesperados
Fugindo somente com a vida
Na calada da noite
Sem as relíquias da casa
Famintos de amor
Como é difícil amar alguém e perdê-lo
Não haviam promessas, somente oração.

Um comentário:

  1. Essa poesia parece mostrar os cacos de vidros espalhados no coração, mas que podem ser juntados, e não colados, mas refeitos.Parabéns.Tudo de bom pra você.

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